O IMC, Índice de Massa Corporal, foi criado no século XIX, e possui algumas limitações. Para realizar o cálculo, utiliza informações como o peso e a altura apenas, o que acaba não sendo o suficiente, já que muitas pessoas têm um peso mais elevado, mas é de massa magra, além de outras falhas.
O problema é que quando o resultado do IMC de uma pessoa vai de 20 a 25, ela é considerada saudável. Mas de acordo com uma pesquisa realizada pela USP de Ribeirão Preto, esse grupo de pessoas corre o risco de desenvolver doenças consideradas crônicas, como diabetes e hipertensão.
A pesquisa realizada pela USP propõe uma nova forma de se calcular o índice de massa corporal, voltado, especialmente, para quem tem o IMC na faixa dos 20 a 25, os considerados totalmente saudáveis de acordo com o método antigo.
Uma das características mais importantes do método sugerido pelos pesquisadores da USP de Ribeirão Preto, é que ele não generaliza as pessoas apenas pelo peso e altura. Trata-se de informações mais detalhadas que podem ser muito mais eficientes para diagnosticar possíveis doenças crônicas que o paciente possa ter.
Um dos grandes problemas do método antigo para se calcular o IMC é que ele acaba generalizando pessoas apenas pelo peso e altura, o que não é correto, já que cada ser humano é diferente do outro.
O cálculo proposto funciona da seguinte forma: As informações de peso e altura usadas no antigo IMC são levadas em conta também, mas em conjunto com informações obtidas por meio do aparelho de impedância bioelétrica.
O nome parece estranho, mas não é tão complicado de entender o seu funcionamento. O aparelho é bastante semelhante a uma balança, dessas que as pessoas têm no banheiro. Entretanto, ele conta com fios que estão ligados a dois bastões. A pessoa a ser analisada deve subir na balança e segurar esses bastões por cerca de 30 segundos.
Durante esses 30 segundos, o aparelho irá calcular, por meio da corrente elétrica, a quantidade de massa gorda do corpo. Dessa forma, pessoas que malham e têm um peso elevado por causa da massa magra, aqui não serão consideradas com sobrepeso ou obesas.
A única “desvantagem” do método brasileiro é que ele não pode ser feito em casa, como o IMC criado no século XIX. Por outro lado, ele já é facilmente encontrado em academias e consultórios de nutricionistas e endocrinologistas.
A pesquisa, de autoria da nutricionista Mirele Mialich Grecco, continua em andamento e será ampliada para que se tenha uma amostra mais próxima da média do Índice de Massa Corporal do brasileiro.